Dia 6 de maio, cerca de 500 cães destinados ao abate para consumo da carne na China. Os ativistas barraram o caminhão e negociaram com o dono dos cachorros, que aceitou a proposta de cerca de 29 mil reais em troca dos animais. Como vocês sabem, os chineses comem de tudo. É claro que, pelo fato de os cães serem tratados como animais domésticos, o assunto teve grande repercussão, só que não vamos ser hipócritas e esquecer que o boi, a vaca, o porquinho, a galinha e outros animais que comemos, passam pela mesma coisa. Quando eu era pequena, vi o abate de um carneiro. Meu avô me levou pra fazenda junto com ele e eu vi ele escolhendo o anima, depois o funcionário pegando ele pelas patas e pendurando ele em um tipo de varal. Depois só cortaram o pescoço. Não preciso dizer que saí chorando e não quis comer a carne depois. Mas acabei comendo. E, acreditem se quiser, gostei, mas fiquei com peso na consciência. Fiquei com peso na consciencia porque eu VI. Se não tivesse, teria acontecido como sempre. A gente só para pra pensar nisso, sem nenhum pesar, quando estamos fazendo a digestão.
Depois tem aquela ondinha de colocar o peixinho no martini e tomar. O mais estranho de tudo é que o peixinho é colocado VIVO. Olhando ele nadar pra lá, pra cá, pra lá... e toma.
O título, hipocrisia, não é pra nós, que apontamos o dedo e crucificamos os japoneses por comer cachorro enquanto nós só comemos vaquinhas e galinhas. O título é porque a nova onda modista de lá é fazer chaveiros de animais vivos. VIVOS. Um plasticozinho lacrado onde o bichinho fica. O fabricante disse que tem uma substância especial na água que faz com que o bichinho fique vivo por mais tempo. O que os chineses não se tocaram, é que o bicho, com substância especial ou não, não sobrevive por muito tempo por causa da falta de oxigênio. Ativistas estão comprando os animais para depois libertarem. Cada chaveiro custa o equivalente a dois reais. É claro que tem uma historinha para que eles possam ser vendidos: Dizem que os animais dão sorte. Pra ver como o Brasil é atrasado: ainda estamos nos pingentes de olho grego.